sábado, 30 de janeiro de 2010

Silva (Rubus ulmifolius Schott)


Habitat
Orlas de bosques ribeirinhos e margens de campos
Período de recolha das folhas deve ser entre Maio-Junho (antes da floração)
Indicações habituais
A infusão das folhas esta indicada para situações de
diarreia. E a decoção em compressas para tratar
pequenas feridas, e também em gargarejos no caso de
inflamação da garganta ou da boca

Alameda de Santo André - Guarda



Chafariz da Família Refoios Saraiva. Foi transferido da povoação da Vela para o largo de Sto. André, junto à entrada para o Sanatório. Trata-se de um magnífico exemplar barroco-rocócó.

"Actualmente implantado na Alameda de Santo André, este chafariz é também conhecido como chafariz da família Refoios Saraiva, uma vez que, originalmente, pertencia a uma propriedade que esta família possuía na freguesia de Vela (RODRIGUES, 1984, p. 145).
Embora permaneçam algumas dúvidas sobre eventuais alterações à sua configuração original, efectuadas aquando da transferência de Vela para a Guarda, subsistem fotografias onde apenas é visível a secção central, com o respectivo tanque (RODRIGUES, 1984, p. 145). Tal poderá significar que as duas secções laterais, mais baixas e rematadas por elementos curvilíneos, foram introduzidas posteriormente. Fazem ainda parte deste enquadramento urbanístico os degraus que antecedem o tanque, os bancos e mesa laterais, bem como os muretes rematados por pináculos piramidais. No seu conjunto, ressalta a monumentalidade e o forte efeito cenográfico que destaca o chafariz central, profusamente decorado.
O tanque, de planta curvilínea, apresenta uma bica central em forma de máscara ladeada por golfinhos. Estas carrancas voltam a surgir no alçado, alinhadas horizontalmente, cada uma prolongando-se no sentido vertical, através de uma espécie de pilastra, ao centro, e lateralmente por caudas com escamas.
As volutas laterais prolongam-se até quase ao remate do alçado, enquadrando a pedra de armas da família Refóios Saraiva. Esta encontra-se sobre uma concha e é encimada pela figura de um anjo.
Os elementos decorativos que caracterizam este chafariz de linguagem barroca-rococó, pautam-se pelo recurso à linha curva, em detrimento do sentido de volume, reunindo representações religiosas e zoomórficas, numa dupla iconografia alusiva à água e à família a quem pertencia o chafariz, a que se reúne a presença do anjo no topo da composição.
De facto, na época barroca a água, tal como o fogo, foi essencial pela importância cenográfica com que se poderia revestir. Muito embora no caso dos chafarizes a função utilitária seja primordial, a decoração e a forma dos mesmos não podia deixar de assumir especial relevância. Principalmente porque a questão do abastecimento de água voltou a ser muito debatida e problematizada no decorrer dos séculos XVI e XVII, sendo que "(...) o pensamento iluminista, e em especial a sua vertente católica, determinava aos mais poderosos o papel de promoverem a felicidade dos povos" (ROSSA, 1995, p. 115). Uma conjugação de factores que se verificam no chafariz de Santo André, a quem a família Refóios Saraiva ligou o seu nome e as suas armas.(Rosário Carvalho)"
"in ippar"


quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Forte da Peniche



Para a história do forte de Peniche fica a memória da fuga de 10 presos políticos, entre eles estava Álvaro Cunhal,bem como a fuga de Dias Lourenço.
"Em 1960, a última coisa que Salazar precisava para animar a eterna contestação do Partido Comunista Português ao, também, eterno regime ditatorial do Estado Novo era esta fuga. A prisão, na casa do Luso, de Álvaro Cunhal, Militão Ribeiro e Sofia Ferreira em 1949 fora uma glória para a actividade da polícia política, que reforçara os seus poderes e actuação a qualquer preço. A fuga, por seu lado, era uma glória para a máquina partidária que sobrevivia na clandestinidade mesmo com constantes quedas de militantes.

O dia 3 de Janeiro de 1960 não era o marcado para a evasão do forte de Peniche, mas uma mudança de guardas obrigou a antecipar em uma semana a "operação". Pelas 16.00, no largo frente à prisão, o actor Rogério Paulo deu o sinal de início: abrir e fechar o porta-bagagens do carro de modo a que os presos das celas do lado norte o vissem. A seguir ao jantar, pela 19.00, os guardas apitaram a dar ordem para os presos voltarem às celas. Começa aqui o primeiro ponto crítico, quando Álvaro Cunhal regressa ao Pavilhão C sob a escolta de um guarda prisional. O fugitivo Guilherme Carvalho aproxima-se e adormece com uma toalha embebida em clorofórmio o guarda, que desmaia. Os dez detidos que vão fugir dirigem--se, então, para a porta do refeitório que dá para o exterior do forte. É o segundo momento crítico, para o qual contam com a conivência de um dos guardas, Jorge Alves, a quem o PCP pagou uma avultada soma (150 contos) para utilizar a sua posição de vigilância e o seu capote para fazer atravessar os detidos até ao muro que os separa da liberdade. O terceiro momento crítico dá-se quando o GNR se apercebe que em vez de cinco ou seis presos tem dez e foge ele mesmo pelos lençóis que permitiam aos detidos escorregar parede abaixo. Mesmo assim, conseguem realizar a fuga espectacular que abalou o regime e marcou a agenda da contestação." "in DN"

A Fuga do Segredo de Dias Lourenço
Dias Lourenço foi um dos muitos presos políticos que passaram pela Fortaleza de Peniche durante o período do Estado Novo. Contudo, este prisioneiro protagonizou uma das mais marcantes fugas deste local, uma vez que o fez sozinho, durante a noite e em pleno mês de Dezembro.
Às duas da madrugada, depois de estudar as rondas dos guardas e desfiar um cobertor para o transformar em corda, Dias Lourenço acabou de desfazer a porta da “solitária”, situada no segredo, onde foi encarcerado por medida disciplinar depois de provocar propositadamente um guarda prisional, e mergulhou despido num mar frio e revolto, com uma trouxa de roupa no braço esquerdo.
As ondas e a maré vazante demoraram-no uma hora e meia a percorrer os 400 metros que distavam a costa. Aí chegado, teve a sorte de contar com a solidariedade de populares que o ajudaram a fugir numa camioneta de peixe.




O forte de Peniche como muitos outros monumentos nacionais esperam por melhores dias a nível da sua restauração, na minha visita ao forte achei engraçado o método prático que desenvolveram para as casas de banho, a cagadeira tinha uma saída directa para o mar, com este método inovador não era necessário esgotos.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Pastor de Muxagata



Zé Marialva

Um pastor de Muxagata (Foz Coa), com o seu casco às costas, garruço na cabeça, sarrão com a merenda a tiracolo.
Os acessórios tipicos de um pastor são:
Um cajado para comandar o rebanho e defender-se; o sarrão, feito de pele de cabrito ou de borrego, para a merenda dele e dos cães; um copo e o canivete.

Nesta 2ª fotografia podemos ver o sarrão "saco" de merenda feito de pele de borrego. O borrego é esfolado, sendo lhe retirada a pele por inteiro, é feito somente cortes na zona das patas, rabo e cabeça, depois de curtida a pele, fica feito um lindo sarrão.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Seat 600



Este é um modelo clone do Fiat 600
Em 1957 a Seat inicia Também a construção do 600 é cedida autorização à SEAT para a produção em Espanha, a qual dura até 1973.
Inicialmente com um motor de 600 cm3,mais tarde comesçou a ser equipado com um motor com mais cilindrada (767 cc), um novo carburador Webber e uma nova e mais eficiente bomba de água.
Em 1969 é produzido o último Fiat 600 em Itália. Todo o equipamento e maquinaria de fabrico vão para Espanha.

Fiat 600



Mesmo depois de velheinho o Fiat 600 continua com uma força capaz de por as rodas da frente no ar. hihihi
A apresentação em Março de 1955, com suspensão independente com amortecedores telescópicos na frente e molas e amortecedores na traseira poupou espaço e também permitiu diminuir o custo final do carro.O sistema de travagem era constituído por duplo circuito e por tambores perfurados.Em 1959 o travão-de-mão passa a actuar nas rodas traseiras em vez da caixa de velocidades.
Foi encontrada uma engenhosa solução para colocar um motor de quatro cilindros arrefecido a água. O sistema de arrefecimento foi colocado ao lado do motor, existindo um fácil acesso de todo o compartimento, facilitando a manutenção.
A caixa de velocidades era sincronizada nas três velocidades mais altas e estava suspensa em dois pontos através de um sistema de borrachas.
Motor de quatro cilindros com 633 CC. 22 Cavalos de Potência às 4200 rpm. Deposito e combustível com 27 litros de capacidade. Aceleração dos 0-80km/h em 27 segundos e uma velocidade máxima 95 km/h. O peso era próximo dos 600 kg.
Em 1964 começo de produção do 600 em Portugal na fábrica da Somave em Vendas Novas.
A produção foi finalizada em 1973.